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Mostrando postagens de julho, 2008

Uribe e o jogo do império. Ou porque Ingrid Bettancourt demorou ser libertada

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No último dia dois de julho o mundo foi surpreendido com a libertação de Ingrid Betancourt, que estava havia seis anos encarcerada na selva colombiana pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Bettancourt foi seqüestrada pela guerrilha em 2002 quando se lançava candidata à presidência pelo Partido Verde Oxigênio. Tinha 0,2% das intenções de votos. Com ela, outros 14 reféns também foram libertados, entre eles três norte-americanos agentes da CIA. O resgate da ex-senadora foi marcado pela histeria conservadora e dos seus representantes na mídia. No entanto, nenhuma palavra que questionasse porque Bettancourt não foi libertada meses antes. Prevaleceu a estratégia de Washington e a do seu aliado na América do Sul, o presidente colombiano Álvaro Uribe. Um estratagema fácil de desmontar. No final do ano passado o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, iniciou a intermediação para a soltura de diversos reféns das Farc, inclusive Bettancourt. A iniciativa de Chávez fora acompan

Um terceiro mandato que não incomoda a Globo

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Enquanto isso, aqui no Brasil, o provável terceiro mandato de Álvaro Uribe não desperta a repulsa dos articulistas das grandes redes e cadeias de televisão, jornais e rádios. Dois dias depois de anunciada a libertação de Bettancourt, o âncora do Jornal da Manhã da TV Globo Renato Machado afirmou: “Ingrid Bettancourt defende o terceiro mandato para Álvaro Uribe”. Não houve nenhum questionamento na Vênus Platinada. Uribe não foi classificado de ditador por Renato Machado, Miriam Leitão, William Waack ou qualquer outro pau mandado de Ali Kamel, diretor de Jornalismo da emissora. Quando se trata do presidente da Colômbia a informação recai com aura de legitimidade. Diferente do tratamento dispensado a Hugo Chávez quando assumiu seu terceiro mandato com o endosso das urnas, ou a Lula quando para este se levanta a hipótese, ainda que remota, de um terceiro mandato. A tese da alternância democrática da Rede Globo é seletiva e, sobretudo, comprometida com seus patrões norte-americanos. Não é d