Com medo da popularidade do presidente?

Os critérios de noticiabilidade têm passado à margem da mídia nativa, principalmente do maior partido midiático do Brasil, a FSP – Força Serra Presidente. A última pesquisa CNT/Sensus deixou mudo os principais “articulistas” dos jornalões e TVs do país. Com a aprovação record de 84% - se somadas as avaliações ótimo e bom - o governo Lula chega a mais da metade do segundo mandato com nível altíssimo de aceitação popular. Mas não foi apenas por isso que a pesquisa deixou de ser noticiada, e sim pelo fato da mesma também contemplar os indicadores de intenção de voto para as eleições de 2010. O candidato da FSP aparece com 42% das intenções e Dilma Rousseff, presumível candidata do presidente, atinge 13%. Os números não causariam problema, a princípio. No entanto, o salto de 1% para 13% de Dilma em menos de dois meses acendeu a luz laranja nas oposições e na sua maior representação política, a FSP. Melhor então, calar.

Comentários

Parece que a mídia corporativista não acompanhou a evolução das teorias da comunicação e do jornalismo, e continua a pregar a reflexão pura da realidade.

E a cada pesquisa sobre a popularidade do presidente ex-metalúrgico, os donos do real (e do Real, também) ficam estarrecidos com os resultados tão favoráveis ao governante. Lula, ao final de seu segundo mandato, tem o índice de aprovação ainda maior que no início do primeiro. E a mídia nativa se pergunta: "onde foi que eu errei".

Minha resposta, como a da maioria dos que se opõem aos padrões de produção e disseminação de informações praticado pela "grande imprensa" brasileira, baseado numa teoria instrumentalista, seria considerada pura conspiração.

De fato, sou um esquerdistas e diria que a causa para a perda de credibilidade da mídia está em adotar a lógica do consumo como padrão, passando a notícia a ser caracterizada como produto, e os cidadãos como consumidores. Assim,os fatos são recriados, abordados por tal imprensa (não acredito em total apreensão da realidade) de acordo com os anseios dos que a financiam.

Em suma, o Lula, se depender das crises midiáticas que nem Freud poderá explicar, chegará muito próximo dos 100% de aprovação.

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