Somos solidários à luta pela Reforma Agrária



É com muita honra e satisfação que este blog passa a fazer parte da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária. É uma questão de coerência e princípio. O Textos ao Vento não poderia se furtar a este compromisso. Este jornalista, ainda que urbanóide, entende que a reforma agrária está no DNA da luta pela efetiva democratização da sociedade. Portanto, nossa posição é de combate a qualquer forma de criminalização dos movimentos sociais, inclusive aqueles que lutam pela terra. Somos antifascistas! Ainda lembro do saudoso tio Paulo trabalhando com os movimentos do campo, aos quais dedicou sua enorme capacidade técnica e intelectual, como economista e sociólogo. Paulo Cunha Melo Ramos, que em breve será nome de assentamento no Recôncavo baiano, foi um dos maiores lutadores pela justiça no setor agrário. E ele me ensinou muito! Tio, quanta falta você anda fazendo nas nossas trincheiras! Também não poderia omitir minha passagem como assessor pela Superintendência Regional da Bahia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), de boa memória! Muitas amizades foram feitas naquela casa. Hoje, 28 de abril, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, estão acampados cerca de seis mil militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Eles participam de várias manifestações, políticas e culturais, que marcam o 14º aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás, quando dezenas de militantes sem-terra foram assassinados pela Polícia Militar do Pará a mando do à época governador Almir Gabriel, do PSDB. Era o governo de Fernando Henrique Cardoso, de triste recordação! Sim, marcar posição! Sobretudo porque este é um dos movimentos sociais mais criminalizados pelo aparato fascista nacional, com forte enraizamento na mídia, no Ministério Público, na Justiça e nas instâncias policiais. Agem como cães de guarda a serviço do grande latifúndio, hoje transvestido de agronegócio sob a batuta da protofascista senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Deles sempre sairá uma palavra incriminatória ou condenatória àqueles homens, mulheres e crianças que lutam por um Brasil mais justo. Quando não, parte-se para a violência às claras, com assassinatos cujos mandantes nunca são punidos. Sim, marcar posição! Porque é preciso desconstruir o imaginário trabalhado pela midiocracia fascista que macula a imagem do MST, bem diferente do tratamento que o movimento recebe de muitos órgãos de imprensa no exterior, que desconfio saber mais da nossa realidade agrária do que boa parte dos nossos “modernosos” editores de política. Mais do que justa e válida nossa opção. Viva o MST! Até a vitória, sempre!

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