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Mostrando postagens de 2011

A "ética" da avestruz e a esperteza da cascavel

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Acabei de ler o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., “ A Privataria Tucana” . E li também o artigo do articulista de O Globo, Merval Pereira, que entendeu a publicação como “ficção”. Ficção? Como assim? Não há nada na obra que remeta a esta situação. O livro é um condensado de fatos que não causa supresa para quem tem acompanhado com olhar crivo o desenrolar da vida política do País nos últimos 25 anos. O processo de privatizações da era FHC foi marcado por muita corrupção e bandidagem, como o autor demonstra cabalmente. Fato. O que Pereira faz, mal e porcamente num texto sofrível e teleguiado, é tentar encantar incauto.   A estratégia de negar com profundo silêncio um rigoroso e exaustivo processo de apuração jornalística, e amplamente documentada, denuncia algo. E perigoso. Em recente comentário veiculado nas redes sociais, o jornalista Bob Fernandes declarou: “O silêncio da grande mídia em relação ao livro de Amaury Ribeiro pode ser revelador”. Sim, revela-nos mui

Rebelião cresce nos EUA

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PSD confirma a acefalia politica Brasileira!

Por Andre Luis Novais (@zededao2010) Já diziam nos auges de 1835, pela voz escrita do Sentinela da Liberdade: “papel que me enjoa ler por me cheirar aguardente, a bafo de Aristocracia bandalho e cantiga de Maroto desprezível, um poucas Letras e muito servilismo e inimizade a nossa Independência, Liberdade e federação verdadeira e solida”...Evoco aqui palavras do memorável Brasileiro e herói das letras e da Opinião Publica : “Cipriano Barata”. Esta evocação a Cipriano Barata no auge da construção do Brasil como uma Nação, vem para elucidar o que vivemos em nossa politica hoje! Com Lula encontramos o caminho de fato para construir um país mais justo e mais social, só que neste pacote deparamos com a verdadeira Devassa partidária de interesses esdrúxulos sem ideais e sem contribuição para está construção e está nova dinâmica Brasileira. O PSD de Kassab é sem duvidas o resultado mais escracho desta nova realidade. PSD não é uma caminho é uma bifurcação, entre os “DEM” que decl

Artigo de Marcos Coimbra: A corrupção e a opinião pública

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É sempre necessário conhecer o que pensam os cidadãos sobre os temas em debate no meio político. A opinião pública pode não ser a dimensão fundamental na democracia, mas é uma das mais importantes. Suas preocupações e prioridades coincidem, muitas vezes, com as dos políticos e as da imprensa. Em outras, no entanto, não são as mesmas. A corrupção, por exemplo. Deve ter sido a palavra mais usada no Congresso e na mídia nos últimos meses. A temporada começou com as denúncias contra Palocci e não se encerrou. Pelo contrário. Outros ministros caíram, dezenas de funcionários foram demitidos. Os partidos de oposição, como é natural, se aproveitaram desses casos para focar o discurso. Seria ilógico que desperdiçassem a oportunidade, apesar do telhado de vidro e de saberem, no íntimo, que enfrentariam dificuldades parecidas às de Dilma, se tivessem vencido a eleição. A mídia oposicionista avaliou que esse era um flanco a explorar no ataque a seu inimigo figadal, o “lulopetismo”. D

Da spanishrevolution à brazilianrevolution

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Por Bernardo Gutiérrez, via Caros Amigos Muitos amigos brasileiros estão perguntando para mim sobre a spanishrevolution. O mídia mainstream brasileira publicou pouco e entendeu quase nada. Por isso, vou fazer um exercício muito simples para entender a chamada spanishrevolution. Imagina que uma ministra de Cultura (Ana Buarque do Holanda, por exemplo) aprova uma lei sobre direitos de autor da Internet que despreza licenças como Creative Commons, corta liberdades civis na rede e faz o jogo da indústria audiovisual. Um grupo de ativistas digitais cria uma plataforma navoteneles, pedindo para castigar os partidos que aprovaram a lei (imaginemos aqui, PT, PSDB e PMDB). O grupo, indignado com os casos de corrupção, começa fazer ´wikimapas´ feitos em redes com os candidatos corruptos. Depois, milhares de grupos que lutam por causas diferentes entram na luta pedindo uma “democracia real” mais participativa e transparente e outro sistema económico alternativo ao liberalismo. A r

De Salvador à Praça Tahir; o jornalista baiano que esteve presente na Revolução do Egito

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Em janeiro deste ano o produtor de vídeo, jornalista e cineasta baiano José Carlos Torres esteve na Cidade do Cairo, no Egito, onde acompanhou o levante popular que depôs o ditador Hosni Mubarak do poder. Torres é um cidadão do mundo e pratica um jornalismo independente. Antes, ele já tinha ido à India e ao Tibet, locais onde vivenciou experiências existenciais relatadas num livro-reportagem ainda a ser publicado. Nesta última viagem, o senso de repórter falou mais alto, o que o fez se deslocar da Itália para o olho do furacão, na Praça Tahir. A revolução egípcia foi o primeiro grande movimento de massas do século XXI. Durante aproximadamente uma semana, Torres conviveu com os cidadãos daquele país e procurou ouvir suas inquietações, angústias e esperanças. No decorrer da sua estadia no Cairo, o jornalista se colocou à disposição de uma emissora de televisão baiana para passar informações sobre as manifestações. Ele não cobrou nada por isso e mesmo assim, e para sua surpresa, foi igno

Honoráveis sabujos. Quais as relações de ACM e Aleluia com a Embaixada dos EUA? O País quer saber

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O falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães e o candidato derrotado ao Senado nas últimas eleições, o ex-deputado federal José Carlos Aleluia, ambos do DEM da Bahia, foram, até o momento, os dois últimos personagens brasileiros a figurarem no WikiLeaks. O site do jornalista australiano Julian Assange informa que os políticos baianos tiveram encontros com um representante da embaixada dos EUA à época da campanha à Presidência de 2006.  Segundo nota veiculada pelo jornalista Levi Vasconcelos no jornal A Tarde, na conversa com o diplomata Aleluia se mostrou frustrado com a iminente vitória de Lula naquele ano, enquanto que ACM previa dificuldades para o presidente porque ele teria minoria no Senado. Mais: no diálogo, ACM disse ao norte-americano que “a oposição pode ter perdido uma oportunidade de impeachmar Lula em seu primeiro mandato, mas tentará no segundo”. A prestação de contas dos dois udenistas ao funcionário dos EUA não revela nada de extraordinário, mas confirma a incl

Homenagem a Marighella na Paralela!

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 Em dezembro próximo se comemora o centenário de um dos maiores patriotas que o Brasil já conheceu, Carlos Marighella. Vamos lhe render justa homenagem com um monumento na Avenida Paralela, aqui em Salvador. É o que propõe este blog. Político, líder revolucionário, poeta, humanista e aguerrido combatente pela liberdade, Marighella nasceu em Salvador no dia 15 de dezembro de 1911. Filho de operário imigrante italiano e uma descendente de escravos sudaneses haussá, o ex-militante do Partido Comunista do Brasil - o então PCB - combateu tenazmente os regimes de força que se instalaram no país. Nos anos 30 e 40 lutou contra o Estado Novo de Vargas, quando foi preso e torturado diversas vezes. Com a redemocratização, em 1946, se elegeu deputado federal pelo PCB. Posteriormente, enfrentou o golpe de 1964 e a ditadura, já como militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN). Marighella foi assassinado na noite de 4 de novembro de 1969, surpreendido por uma emboscada dos agentes do DOPS, na ala

Bye bye Mubarak

Bye Bye Mubarak from Ramy Rizkallah on Vimeo . Vídeo do cineasta egípcio Ramy Rizkallah sobre a celebração nas ruas do Cairo em torno da queda de Mubarak. Fonte: El Pais.

Porque a Comissão da Verdade tem que fazer o seu trabalho

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O jornal Folha de São Paulo adjetivou a ditadura militar no Brasil de "ditabranda". Durante a última campanha presidencial, o Plano Nacional de Direitos Humanos III foi violentamente atacado pelas oposições, sobretudo as de tendência fascista que se encontravam ombradas à candidatura de José Serra. Vejam este documentário, produzido em 1971 com exilados brasileiros, e tirem suas próprias conclusões.    

A mídia e as "ditaduras amigas"

Reproduzo artigo de Ignacio Ramonet, publicado no sítio Carta Maior : Uma ditadura na Tunísia? No Egito, uma ditadura? Vendo os meios de comunicação se esbaldarem com a palavra “ditadura” aplicada a Tunísia de Bem Alí e ao Egito de Moubarak, os franceses devem estar se perguntando se entenderam ou leram bem. Esses mesmos meios de comunicação e esses mesmos jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos” eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia? Eis aqui, em todo caso, um primeiro abrir de olhos que devemos ao rebelde povo da Tunísia. Sua prodigiosa vitória liberou os europeus da “retórica hipócrita de ocultamento” em vigor em nossas chancelarias e em nossa mí

Um alô para José Antar

Novamente provocado pelo pitoniso José Antar, aquele que “previu” em abril passado as vitórias “estrondantes” de José Serra e Paulo Souto, sinto-me no dever de pôr alguns pontos nos “is” soltos à sarjeta, lançados pelo digníssimo amigo. Revoltado com a corrupção no Brasil, bem ao estilo Carlos Lacerda, Antar utilizou como exemplo do delito o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “São uns corruptos que só querem invadir as terras dos outros”. E ao segundo plano foram jogadas situações bem mais convincentes. Ou seria a memória seletivíssima do nosso amigo responsável por ofuscar tais lembretes? Será? Talvez sua leitura assídua da Revista Veja, maior baluarte editorial da extrema-direita tupiniquim, não o ajude avivar as idéias, talvez empastá-las, apenas. Mas é o MST o bode expiatório do nosso “bem informado” Antar, que vez em quando fica com vontade de reeditar a Marcha com Deus, pela Família e a Propriedade. Segundo ele, o movimento sem-terra “só invade terras produtivas”

Um alô para Fernando Souza

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Radical. Assim fui taxado pelo amigo Fernando Souza durante mesas drinqueiras da passagem do ano. Radical por que, Fernando? Aqui estou eu a meditar com meus translúcidos botões. Da palavra não se pode, e não se deve, denotar preconceitos ou sentidos senão aqueles que de fato o termo remeta. Ou mereça. Radical vem de raiz, que é radical da mesma palavra. Mas serve também como significado para significantes diversos. O menu é vasto. No meu caso, por conotação ideológica, penso. Tá bom, então eu sou radical e sua posição é destendida, flexível e capaz de absorver vasta gama de idéias, certo Fernando? Ok. Há, sim, também fui rotulado de “stalinista” pelo mesmo interlocutor, portanto sou um “stalinista radical”. Não é isso mesmo, Fernando? Aos fatos. O que me impressiona sobremaneira nas argumentações do meu amigo é a possibilidade do rótulo a mim imputado servir muito mais àquele que me imputa. Explico. Um dos pomos da discórdia é o fato do caríssimo Fernando martelar teclas tão antigas